Fonte: Revista Placar/Junho/1975
“Odisseia de Rondônia” porque não foi fácil: dois jogos foram anulados, o
clima foi tenso dentro e fora de campo, inclusive envolvendo membros da
imprensa, e tudo foi feito pelos cartolas rondonienses para que o
título não saisse de casa. O certame foi disputado em turno único pelos
campeões do Acre (Juventus, um timaço!), do Amapá (E. C. Macapá, também
um timaço!), de Roraima (Baré, o mais fraquinho!) e de Rondônia
(Ferroviário, um bom time, digamos) - Por João Silva.
Fonte: Blog do João Silva
Fonte: Blog do João Silva
Depoimento de João Silva sobre o 1º Copão da Amazônia
Fonte: Franselmo George
JOGOS:
22 de
julho/1975
MACAPÁ 1 x 0 JUVENTUS
Gol: Marco Antônio
23 de
julho/1975
FERROVIÁRIO 2 x 0 BARÉ
Gols: Paulo e Valmir
26 de
julho/1975
MACAPÁ 3 x 2 BARÉ
Gols: Ademir França, Bira e Haroldo Santos; Roberto e Borges
27 de
julho/1975
FERROVIÁRIO 0 x 0 JUVENTUS
ÚLTIMA
RODADA
29 de
julho/1975
BARÉ-RR 1 X 1 JUVENTUS-AC
Preliminar de Macapá x Ferroviário
JUIZ: Brasil José Siqueira
GOLS: Eliésio(Juventus) aos 16’ e Reis(Baré) aos 36’ do 2º tempo
BARÉ: Paulo, Cunha, Rubinho, Rubens, Ernâni, Chico
Roberto(Agafi), Barac, Roberto, Reis, Rubelmar, e Edmar(Borges)
JUVENTUS: Carlos Alberto, Otávio, Maurício, Mustafá, Antônio
Maria, Mauro, Emílson, Dadão, Carlinhos, Eliésio e Roberto
JOGO FINAL
MACAPÁ-AP 3 X 0
FERROVIÁRIO-RO
DATA: 29 de Julho de 1975
LOCAL: Aluísio Ferreira/Porto Velho-RO
JUIZ: Gomes Lima
RENDA: Cr$ 41 183,00
GOLS: Barradas aos 17 do 1º t, Marco Antônio aos 18’ e Bira aos
30’ do 2º t
EXPULSÕES: Jonas(Macapá) e Cléber(Ferroviário)
MACAPÁ: Aluízio,
Castelo, Albano, Nariz, Jonas, Aldemir França, Haroldo Santos,Barradas, Marco
Antônio, Carlos Alberto(Bira) e Antônio Pula-Pula(Aldo)
Técnico: Amaral
FERROVIÁRIO: Almeida,Cléber,Romero,Jordã,Evandro,
Neórico,da Silva, Williams(Índio), Onofre(Rico), Correia e Pedro Paulo(Valmir)
Técnico: ??
CLASSIFICAÇÃO
FINAL:
PG PP
GP GC
1º - Macapá-AP
6 0 7
2
2º - Ferroviário-RO 3
3 2 3
3º - Juventus-AC 2 4 1
2
4º - Baré-RR 1 5 3
3
PRINCIPAL
ARTILHEIRO:
Marco Antônio(Macapá) 2 gols.
O Macapá sagrou-se
campeão do I Copão da Amazônia
Fonte: Placar/Agosto/1975
TIME DO
MACAPÁ NO DIA DA FINAL EM PORTO VELHO - Em pé: Castelo, Aluísio, Haroldo Santos, Albano, Assis, e Jonas - Agachados: Barradas, Aldemir França, Marco Antonio, Bira e Antonio Pula Pula
Fonte:
Placar/Agosto/1975
A foto registra a comemoração no gramado do Aluísio Ferreira, aparecendo em pé, da direita para esquerda: Pedro Assis, vice-presidente da FAD, Aldo (braço na tipoia), Haroldo Santos, Olivar, Amaral (técnico), Nariz, Sacaca (massagista, taça de campeão na cabeça), Assis, Jonas, Bira, radialista Humberto Moreira, Antoninho (Caganeira) e Edésio Lobato (dirigente) - Agachados, da direita para esquerda: Albano, Antônio Pula Pula, Castelo, Carlos Roberto (rosto encoberto por pequeno troféu), Aldemir França, Marco Antônio, Aluísio (sentado) e Barradas. Os demais são torcedores vibrando com a conquista do azulino.
Fonte: Blog
do João Silva
IMAGEM DA REVISTA PLACAR DE
08/08/1975 - Em pé: Amaral(Técnico), Aluísio, Jonas, Albano, Nariz, Assis, Castelo e Antoninho - Agachados: Aldo, Marco Antonio, Bira, Haroldo Santos, Aldemir França e Sacaca(Massagista)
Fonte: Blog do João Silva
OS CINCO IRMÃOS CAMPEÕES DO COPÃO DA AMAZÔNIA DE 1975, PELO E. C. MACAPÁ: ALDO, ASSIS, BIRA, MARCO ANTÔNIO E HAROLDO SANTOS
Equipe do Macapá 1975 - Em pé: Anaice(Dirigente), Amaral(Técnico), Albano, Castelo, Assis, Haroldo Santos, Jonas, Antônio e Edésio Lobato(Dirigente) - Agachados: Sabino, Aldemir França, Bira, Marco Antônio e Barradas
Fonte: Acervo/Aldemir França
Baré - Copão da Amazônia 1975 - Em pé Américo, Ernani, Francisco Roberto, Rubão, Nilton, Cléo e Cel. Santos Rosa - Agachados, Roberto, Borges, José Cetano, Agassis e Rei
Baré em Porto Velho no Copão da Amazônia em 1975 - Em pe Carlos Alberto, Paulo Duarte, Chico Roberto, Rubinho e Ernani - Agachados, Rubelmar, Roberto, Reis, Pelezinho e Barac
Fonte: Artilheiro Roberto Silva
Juventus-AC - Em pe: Mustafa, Mauro, Emilson, Xepa, Antônio Maria e Assis. Agachados: Roberto Quitola, Carlinhos, Julião, Dadão e Walter Prado
Fonte: Francisco Pinheiro/FacebookFonte: Artilheiro Roberto Silva
Juventus-AC - Em pe: Mustafa, Mauro, Emilson, Xepa, Antônio Maria e Assis. Agachados: Roberto Quitola, Carlinhos, Julião, Dadão e Walter Prado
Por João Silva via Facebook em 04 de janeiro de 2015
LEMBRANÇAS DO MEU BAÚ
Um momento da minha trajetória no rádio que me leva de retorno à julho
de 1975, à milhares de quilômetros de casa, da nossa casa: da minha, da
casa do Humberto Moreira e do Nilson Montoril de Araújo. Estávamos em
Porto Velho - RO, há 39 anos, com a missão de transmitirmos para o Amapá
os acontecimentos que marcariam a realização do 1º Copão da Amazônia. A
foto mostra parte da imprensa que foi à
Porto Velho acompanhando times de Macapá, Boa Vista, Rio Branco, além
da mídia da casa, Porto Velho-RO, sede do evento.Foram muitas histórias,
muitas emoções, o clima foi muito pesado, todos queriam ficar com o
título, inclusive de qualquer maneira, se fosse possível, mas no final
prevaleceu quem mostrou mais futebol, no caso o representante do futebol
amapaense...Rolou de tudo...Foi cartolas contra cartolas, o debate na
televisão com os colega de imprensa foi acalorado; os dirigentes
rondonienses fizeram de tudo para intranquilizar o time do Macapá e nos
bastidores houve declarações e manobras pouco condizentes.Mas houve
também bons momentos, este aí da foto, vê-se o Humberto Moreira (RDM)
soltando a voz num almoço com colegas da imprensa acriana, observado
pelo companheiro Nilson Montoril de Araújo, que narrou o evento, com
meus comentários, para a Rádio Educadora, a Caçulinha do rádio
amapaense. Foi no primeiro Copão que o futebol amapaense mostrou que
iria dominar a competição nos anos seguintes, para tristeza dos
acrianos, rondonienses e roraimenses. Foi o que aconteceu graças às
seguidas campanhas vitoriosas do Trem Desportivo Clube na década de 80,
chegando ao título de pentacampeão do Copão da Amazônia, feito que enche
de orgulho a torcida rubro-negra do Bairro Proletário de Macapá, como
se dizia antigamente.
Fonte: João Silva/Facebook
Galeria dos campeões é uma forma homenagear os ex-jogadores heróis/guerreiros que participaram da conquista de campeão do Copão da Amazônia. Personagens que fizeram e fazem parte da história do futebol "Marron" do Norte do Brasil, época áurea do nosso futebol - O que prevalecia era o amor a camisa, os jogadores eram pagos de maneira informal para se dedicar apenas ao futebol - Esse período ficou conhecido como amadorismo marron.(Franselmo George).
ALDO
Reportagem GE AP/05/12/2013
Amapaense figura no livro que mostra as grandes conquistas do Tricolor carioca (Foto: Gabriel Penha/GE-AP)
O começo de tudo
Nascido no próprio bairro Trem, Aldo começou a carreira aos 17 anos no
clube União. Pouco tempo depois se transferiu para o Esporte Clube
Macapá para ficar junto dos irmãos, que também jogavam no Azulino -
entre eles, Bira, também campeão brasileiro pelo Internacional, em 1979.
- Foi uma época de dificuldades, quando o esporte ainda era amador.
Para poder jogar tinha de pedir aos pais todo o material - relembrou.
Foto: Reprodução/revista Placar
O primeiro título foi o de campeão do Copão da Amazônia, em 1975, em
Rondônia. Na final, ele começou a partida no banco de reservas, mas
acabou fazendo o terceiro gol da vitória por 3 a 0 do Macapá sobre o
Ferroviário. Dois anos depois foi para Belém, onde ficou um ano só
fazendo testes no Paysandu até ser aprovado. Tanto esforço acabou dando
resultado, já que foi bicampeão estadual em 1980 e 1981 pelo 'Papão' da
Curuzu.
Título brasileiro e sonho interrompido
Pouco depois de chegar ao clube, o Fluminense dispensou grande parte do
elenco, mas o ex-lateral permaneceu e ajudou o clube a conquistar o
tricampeonato estadual nos anos de 1983, 1984 e 1985, além de duas Taças
Guanabara (1983 e 1985). Nesse período, ele também conquistou o maior
título da carreira: o de campeão brasileiro em 1984. Aldo brilhou num
time que tinha estrelas como Branco, Ricardo Gomes, Deley, Assis,
Washington, Paulo Vítor e Romerito, além do técnico Carlos Alberto
Parreira. Ao todo, foram 211 partidas pelo clube das Laranjeiras.
Em 1985, ele foi pré-convocado para a seleção brasileira que iria
disputar a Copa do Mundo no ano seguinte no México. No entanto, uma
fratura na perna direita tirou-lhe o sonho de vestir a camisa
amarelinha.
- Tudo estava encaminhado, até mesmo o passaporte. Infelizmente, o
sonho de defender a camisa do Brasil acabou com aquela lesão -
emocionou-se Aldo ao falar sobre o assunto.
Após um ano parado, o jogador voltou aos gramados para atuar em clubes
como Vitória e Sport. Coincidência ou não, Aldo encerrou a carreira no
Paysandu em 1996, onde tudo começou. Hoje, mesmo quase 30 anos depois do
título brasileiro, ainda é respeitado e homenageado pelo Fluminense.
- "Sempre recebo passagens para ir ao Rio. O clube festeja seus
ex-atletas. É muito bom saber que eu, um jogador do Amapá, estou entre
os 100 melhores jogadores da história do clube" - disse o ex-jogador.(Reportagem do GE AP/05/12/2013)
Aldo retirando urubu do Fla Flu em 1983, no Maraca
Fonte: Youtube
Aldo retirando urubu do Fla Flu em 1983, no Maraca
BIRA
O senhor com cabelos brancos e hoje com 58 anos é um amapaense detentor de uma das mais belas e brilhantes histórias do futebol brasileiro. Ubiratan Silva do Espírito Santo mais conhecido como "Bira", é um dos ex-jogadores do Amapá que possui no currículo conquistas importantes para um atleta. Campeão brasileiro, paraense, gaúcho e mineiro estão entre elas.
Bira: campeão brasileiro invicto pelo Internacional em 1979 (Foto: Jonhwene Silva/GE-AP)
A trajetória do garoto franzino, de origem humilde iniciou cedo no
futebol. Já aos 15 anos de idade começou a jogar no time conhecido como
"Reminho" do bairro do Trem, zona sul de Macapá, capital do Amapá. Ali
se reuniram garotos da Igreja Católica formando a equipe, e não demorou
muito para o menino vestir a camisa de uma das equipes mais conhecidas
no futebol nortista na década de 1970. Bira se transferiu para o Esporte
Clube Macapá e foi nesse time que vieram importantes conquistas para o
futebol do Estado. Foi campeão amapaense na era amadora e também do
antigo Copão da Amazônia, competição que reunía as principais equipes da
região Norte do país.
Após as conquistas do Norte, Ubiratan se transferiu para o sul e foi
contratado pelo Internacional de Porto Alegre. Lá obteve a maior
conquista, se tornou campeão brasileiro ainda em 1979 de maneira
invicta. Ao lado de craques como Falcão, Mauro Galvão e Mario Sergio,
viveu durante quatro anos o auge da carreira. Além disso, houve tempo
para se tornar campeão gaúcho. Foi nessa época que viveu a expectativa
de ser convocado para a Seleção Brasileira, mas uma lesão nos dois
joelhos tirou-lhe o sonho.
- Eu era artilheiro do Campeonato Brasileiro e naquele ano fiz 11
gols. Foi aí que acabei lesionando os dois joelhos e fiquei de fora.
Infelizmente, isso é coisa do futebol e fiquei sem vestir a camisa do
Brasil - lembra Bira.
Já com 27 anos se transferiu para o futebol mineiro. No Atlético ficou
por um ano e meio e se tornou campeão estadual. O talentoso atacante foi
para o Juventus de São Paulo, onde ainda conseguiu o título da Taça de
Prata, antiga segunda divisão do Brasileirão. Bira vestiu também a
camisa do Náutico, e conquistou o Campeonato Pernambucano após 10 anos
de jejum
Atualmente Bira continua no futebol, só que agora de fora campo,
comentando os jogos do Campeonato Amapaense na rádio Forte FM, em
Macapá. Ubiratan guarda com carinho no coração e na memória, todas as
lembranças do passado no futebol. Os momentos jogando ao lado de Falcão e
Mario Sergio, as glórias no futebol paraense e os inesquecíveis jogos
do nortista que saiu do sol escaldante da Linha do Equador para se
aventurar no frio do sul do Brasil, marcando para sempre história do
futebol nacional.
Reportagem Jonhwene Silva/GE AP/25/08/2013
Três gols de Bira no Brasileiro de 1979 - Internacional 4 X 0 Desportiva-ES
Fonte: Youtube
Três gols de Bira no Brasileiro de 1979 - Internacional 4 X 0 Desportiva-ES
ALDEMIR FRANÇA
Ele
fez parte da era de ouro do futebol amapaense (década de 70), juntamente
com os irmãos Espírito Santo, Léo Furtado, Castelo, Bill e muitos
outros; Aldemir Furtado França, 59 anos, foi um marco na história pela
sua contribuição com o futebol.
Também
pelo Macapá, em 1975, Aldemir participou do Copão da Amazônia, na
primeira edição da Taça da Integração da Amazônia, em Rondônia. Na
competição, garantiu o título para o E. C. Macapá. "A maior lembrança
que eu tenho do futebol foi de quando nós fomos campeões do Copão da
Amazônia. Nós chegamos aqui, tínhamos reconhecimento de outros times,
então eu acho que essa é uma lembrança da maior consagração que o
futebol amapaense já teve", relatou.
Foto: Jornal Tribuna Amapaense
No
E.C. Macapá, Aldemir permaneceu até meados de 80. Depois foi para o
MV-13 Esporte Clube, onde se consagrou vice-campeão do Campeonato
Amapaense em 1981. Dois anos depois, o Atleta do Passado voltou ao
Ypiranga, e no próximo ano [em 1984], encerrou a carreira no E.C.
Macapá, aos 35 anos, pois acredita que o corpo já estava debilitado e
sem grande atuação dentro de campo.
Como
ponta esquerda e, em seguida, meio-campo, Aldemir lembra principalmente
do time de base do Macapá. "Léo furtado, Bill, os irmãos Marco Antônio,
Assis, Aroldo Santos, Aldo e Bira, nós formamos um time praticamente
imbatível".
(por Fabiana Figueiredo/Jornal Tribuna Amapaense/3011/2012)
ANTÔNIO PULA PULA
Este é Antônio Pula Pula, ex craque da década de 60/70 do futebol amapaense.
Começou em 69 no Amapá Clube, depois Esporte Clube Macapá, onde foi Campeão do I Copão da Amazônia e Tri Campeão Amapaense.
Germano Tiago e Antônio Pula PulaComeçou em 69 no Amapá Clube, depois Esporte Clube Macapá, onde foi Campeão do I Copão da Amazônia e Tri Campeão Amapaense.
Depoimento dele no vídeo gravado pelo Germano Tiago dos santos em calçoene e postado no grupo do watsapp da Associação dos ex jogadores do Amapá (Excrete).
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